quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Congratulations, Rosa Parks!




O Mal de Alzheimer pode ter levado
as lembranças pessoais de Rosa Louise McCauley, falecida em 2005,
mas a história jamais permitirá que seu exemplo seja esquecido.
Rosa Parks, como era conhecida
esta costureira do estado de Alabama, EUA,
tornou-se símbolo de resistência
contra o sistema de segregação racial americano,
quando negou-se a ceder seu lugar no ônibus
para uma pessoa branca em 1955.
Ao ser presa por isso
despertou o maior movimento popular do seu país,
encorajando um jovem pastor batista a expor
sua indignação e idéias e levantar uma nação
em favor dos direitos civis.
As conseqüências decorrentes da atitude de Rosa Parks,
sacudiram a opinião pública mundial na época
e repercutem até hoje.

Em 1968, Martin Luther King Jr,
foi assassinado, mas não sem antes
estremecer as bases políticas
e sociais de seu país com seus discursos
contundentes em favor da desobediência civil e
influenciar várias gerações em todo o mundo.
A eleição de Barak Houssein Obama,
anunciada nesta quarta-feira,
é um marco na história mundial pelo que este país
representa em termos de poderio econômico
sobre o terceiro mundo e é a coroação do movimento
pelo qual o Rev. Martin L. King viveu e morreu.

A chama de esperança acesa por Rosa Parks
e, repassada de mão em mão ao longo de 53 anos,
chega agora ao primeiro presidente negro
da história dessa nação:
um afro-americano, descendente de quenianos,
que nasceu e cresceu no Hawai e na Indonésia e que
sob o lema do 'Yes, we can',
conseguiu o feito extraordinário
de desbancar Hilary Clinton e mais, levar jovens,
idosos (alguns com mais de noventa anos),
imigrantes de todos os continentes,
veteranos de guerra e negros
a esperar pacientemente de três a nove horas
em filas intermináveis para exercer o direito de voto
num país onde isto não é obrigatório e onde o eleitor
andava há muito tempo apático e desiludido.
O mote 'Together, we can change America' promete
mudar também o mundo e já conseguiu
o apoio das potências européias e asiáticas.
Enfim, uma onda de otimismo e salvação se estende
pelo planeta em tempos de crise econômica
e reformulação de valores sócio-culturais.
Resta saber até que ponto essa tsunami de positivismo
vai ser realmente benéfica,
desenhando efetivamente um horizonte
mais tranqüilo no futuro.

As intenções aparentemente são boas.
A torcida a favor é praticamente unânime.
O momento é delicado e exige medidas urgentes.
Há um clima de grande receptividade no ar, enfim,
só ao tempo caberá o julgamento
do que for feito daqui em diante.
Aliás, o que o mundo mais deseja neste momento
é justamente reverter os efeitos nefastos
da política desastrosa do sr. Bush.
Que ele não seja esquecido, ao contrário,
que seja para sempre lembrado
como exemplo de incompetência,
mau-caratismo, ganância,
desrespeito e prazer de destruição.
Não só os Eua merecem um governante bem preparado
comprometido e dinâmico, mas o mundo agradece
por não ter que pagar as contas
do desmando,da corrupção,
dos interesses pessoais postos acima dos coletivos.
Quer queiramos ou não, quer gostemos ou não da idéia,
essa nação ainda manda nos destinos do mundo.
Por isso mesmo
a qualidade da escolha feita pelos eleitores americanos
é importante também para um mundo interligado,
onde as reações ocorrem em cadeia
e o equilíbrio de forças é muitas vezes frágil.

Sorte ao novo presidente e ao resto do mundo,
que com certeza irá arcar com os custos
de acertos e erros
dessa nova empreitada americana.

Para fechar com chave de ouro,
um vídeo da maravilhosa Mercedes Sosa:
"se um só traidor tem mais poder que um povo,
que este povo não o esqueça facilmente."




http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL840074-16107,00-SAIBA+POR+QUE+A+ELEICAO+DE+BARACK+OBAMA+COMO+PRESIDENTE+DOS+EUA+E+HISTORICA.html

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