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Comecei este blog há alguns dias e ainda estou pegando o jeito.
Têm acontecido muitas coisas e há vários assuntos
sobre os quais gostaria de escrever.
Por enquanto, tenho me preocupado mais
em buscar adeptos da causa blogueira pelo mundo,
colocar recursos interessantes por aqui,
descobrir sons, cheiros e sabores da África,
enfim, tenho tentado aprender de todas as formas,
seja por meio eletrônico ou nas conversas com os amigos.
O fato é que é difícil discorrer
sobre um assunto do qual sei tão pouco.
Na verdade gostaria muio mais de ler e ouvir, aprender.
Não me sinto preparada ainda
para tecer qualquer comentário sobre esse continente multifacetado.
Quem sabe daqui uns anos, sei lá.
Quem sabe quando já lá estiver morando,
registrando impressões, contrapondo com o Brasil,
talvez aí eu consiga entender melhor os dois, quem sabe?
Há coisas impressionantemente belas,
outras terríveis, como os ataques aos imigrantes na África do Sul,
sobre o qual queria ter escrito, mas não fiz nada ainda.
Só consigo pensar na desorientação dos imigrantes que sobreviveram
e que tiveram que ir embora
ou mesmo dos que ficaram e vivem com medo.
No Brasil, não temos a noção do que seja isso.
Ou temos, não sei,
quando me recordo do stress que o narcotráfico
causa na população do Rio de Janeiro...
deve ser algo parecido.
Fiquei mal vários dias, rezando em silêncio
para que as coisas por lá tomassem outros rumos
menos sofridos para todos, que o bom senso prevalecesse
e que os atacantes percebecem
que na verdade estão todos do mesmo lado.
O lado da marginalidade, da pobreza, da exclusão,
da má distribuição de renda, da incompetência
e da ganância dos governos corruptos,
todos os males dos quais também padecemos por aqui,
onde se diz que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco.
Talvez seja mesmo mais fácil agredir um coitado faminto
e moribundo, do que organizar a sociedade de forma a fazer valer
os seus direitos de cidadãos. Seria a lei do mais forte?
Enfim, se chegasse o dia em que não mais houvessem imigrantes,
o quê ou quem seria atacado então?
Não me parece que protestar, dizimando vidas humanas,
seja uma ação que vá resolver alguma coisa.
Vou levar a vida toda tentando entender certas coisas,
acho que morrerei sem entender, na verdade.
Por isso tenho tanta dificuldade em fazer comentários à respeito.
Gostaria que as pessoas que têm passado por aqui,
deixassem seus comentários, sugerissem outras leituras,
trouxessem suas contribuições e de outros também.
Gostaria mais de ouvir, ver e ler do que falar.
Obrigada pelas visitas.
Khanimanbo!
Sala ni Chikwembo!
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Imagens "emprestadas"
de dois blogs da melhor qualidade:
http://www.quirozpo.blospot.com/ e
http://www.marmequer.blogspot.com/
domingo, 8 de junho de 2008
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Um comentário:
Olá! Perceber que África é um continente complexo é já uma conquista muito grande. É muito fácil um ocidental olhar para o continente e imaginar apenas crianças famintas, políticos corruptos e vida selvagem que baste. África é mesmo muito mais que isso. Obrigado pela referência ao meu blog e pelas visitas. Gosto muito do seu blog e bem vinda a África. Khanimambo Ngofo Ngofo. Famba ni Xicuembo
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